segunda-feira

Marvel versus Disney

Se hoje gosto tanto de ler é por causa de duas grandes empresas de entretenimento, a Marvel Comics e a Disney. É claro que Mauricio de Souza contribuiu bastante, mas como vou falar das outras duas, a Turma da Mônica fica na lembrança.

Comecei a ler quadrinhos com uma assinatura da Editora Abril, que mandava pra minha casa todos os meses um pacote com 5 ou 6 revistas que eu conseguia devorar em 1 dia, ou 2 dias se fosse brincar no quintal. O tempo passou, juntei mais de duas mil revistas na minha coleção e comecei a me interessar por outros quadrinhos.

Depois comecei a minha fase de super heróis. Apesar de gostar do Batman, os heróis da Marvel sempre foram mais carismáticos que os seus compadres da Distinta Concorrência. Acho que a grande diferença é que a Marvel sempre se preocupou em criar o aspecto humanos dos seus heróis. Seja Peter Parker preocupado com a Tia May ou Tony Stark e seus problemas com bebidas, todos os heróis tinham seus lados mortais.

E hoje foi anunciado que a Disney está fazendo um investimento de 4 bilhões de dólares para a compra da Marvel Comics. É claro que não espero muita mudança depois da compra, apesar de informantes internos dizerem o contrário. As revistas não são de forma alguma concorrentes em público e ambos os estúdios tem uma linha de ótimos filmes lançados nos últimos anos. Mas sempre podemos pensar nas bizarrices que podem acontecer desse encontro.

donaldduck1940series175 Howard the Duck 2

Vocês não estão vendo dobrado. De um lado é o Pato Donald, da Disney, e do outro é Howard, da Marvel. A briga entre os dois é antiga porque Howard foi acusado de ser uma cópia de Donald. A solução foi colocar calçar no personagem da Marvel e assim criar uma diferença entre eles. E agora? Teremos histórias com os dois contracenando?

E outros crossovers ainda podem aparecer, como o Super Pateta e Capitão América, Pequena Sereia e Namor e quem sabe Tio Patinhas e Tony Stark. Existe a suposição que Bambi será um membro dos X-Men. Resta esperar os acontecimentos futuros.

terça-feira


3 Perdidos - Aniversário da Dani



Já que não tem post a tanto tempo, segue a nossa participação no aniversário da Dani. Só faltaram os copos de Whisky. E claro que lembrei da minha época de faculdade, mais precisamente física 2 e resistência dos materiais.

Economize sem perceber

Todo mundo que conheço odeia receber moedas ou simplesmente andar com elas no bolso. Apesar de diminuir o uso delas por usar muito o cartão do banco, elas ainda são um mal necessário que pode ser muito bem utilizado pra fazer uma economia de vez em quando.

Ninguém sai de casa com moedas no bolso e por isso mesmo comecei com o hábito de ter um pote de vidro na sala da minha casa onde jogava todas as moedas que ficavam no meu bolso até o final do dia. É um pote pequeno, desses de bala, e que encheu rapidamente com o tempo. Algumas vezes, quando estava sem vale transporte, ainda surrupiava algumas moedas para pagar o ônibus. Mas o fluxo acabava sendo mais positivo que negativo.

O tempo passou e essa semana eu não consegui colocar a tampa para fechar o pote. Decidi então contar o dinheiro que juntei esses meses e ver se dava ao menos pra pagar o meu almoço de hoje. Só no início da contagem, separando as moedas de um real, vi que tinha juntado mais de 25 reais.

A contagem é simples mas trabalhosa. Primeiro eu separo todas as moedas por valor e até mesmo por tipo, mas isso já é frescura minha. Além de facilitar a contagem das moedas em casa, esse processo ajuda também o caixa do banco quando receber o montante. É muito mais fácil pra ele contar 37 moedas de 10 centavos que ficar fazendo soma de vários valores misturados.

Pra vocês terem uma idéia, a soma das moedas em um pote pequeno chegou próxima aos oitenta reais, o que me paga um jogo de computador. Pra algumas pessoas pode parecer pouco mesmo, mas imagine a lição de economia que isso é para uma criança. Ou mesmo marmanjos, como meu irmão, que escolhem potes com capacidade de 5 litros para guardar as moedas.

E pra garantir mesmo que vale a pena, faça uma conta rápida. Você recebe 20 centavos por dia de troco que acabam perdidos em alguma calça. No fim do ano, são mais ou menos 250 dias que você recebeu esse troco, então conseguiu juntar fácil 50 reais. Mas é claro que você chega a receber bem mais que isso!

domingo

Objetivos estratégicos em serviços públicos

É engraçado (e até mesmo triste) ver como as coisas são levadas no Brasil quando tratamos de serviços públicos. Estudando gerenciamento de projetos há dois anos, já sei reconhecer que qualquer projeto executado por uma instituição precisa ser alinhado com os objetivos estratégicos da mesma, senão ele não faz o menor sentido.

O objetivo estratégico é uma meta que a empresa quer chegar e pra isso determina alguns critérios para a avaliação desse objetivo. Um exemplo é “aumentar nossas vendas em 2% nos próximos 6 meses”. Podemos ver que o objetivo é mensurável, palpável e tem um prazo definido. E desse ponto selecionamos os projetos que nos ajudarão a cumprir esse objetivo.

Do ponto de vista da legislação do nosso país, vejo certas decisões como projetos e até mesmo vem a origem do nome “projeto de lei”. Então o que justifica termos 2 projetos completamente contraditórias sendo votadas no mesmo ano? A primeira decisão, julgada pelo Supremo Tribunal Federal, tirou a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Segundo matéria da UOL:

Para o relator, danos a terceiros não são inerentes à profissão de jornalista e não poderiam ser evitados com um diploma. Mendes acrescentou que as notícias inverídicas são grave desvio da conduta e problemas éticos que não encontram solução na formação em curso superior do profissional.

Já a segunda, ainda em discussão na Câmara, quer colocar a obrigatoriedade de diploma para a profissão de fotógrafo. Olhando a justificativa desta segunda lei, temos o seguinte texto:

O presente projeto se justifica por se tratar de uma profissão marginalizada e discriminada por falta de uma legislação específica do ensino técnico e científico.

O fotógrafo, por ter diploma, deixaria de ser marginalizado e somente pessoas direitas atuariam nessa profissão. Isso eliminaria inclusive, situações onde os jornais (aqueles que precisavam de diploma) editem fotos e mostrem uma realidade que não existe. Acha que isso não acontece? O Jornal do Brasil removeu pedaços de corpos de uma foto do atentado terrorista em Madri que foi publicada em sua capa. Quando outros jornais publicaram a mesma foto, a farsa foi descoberta.

Resumo da ópera, nosso dinheiro está sendo investido em um projeto para regulamentar uma profissão sem real necessidade disso ou alinhamento com qualquer objetivo do governo. E mesmo que o projeto seja aprovado, o STJ não tardará em julgar a inviabilidade dele, como fez com a profissão de jornalista. Já repararam que ambos são profissionais de comunicação?

Enquanto isso, nosso governo não sabe pra onde vai. Alguém ouviu falar em metas de saúde pública? Em quanto o IDH da sua cidade pretende subir até o fim do ano? Se existem, gostaria de ver a mensuração delas ao final do período que o objetivo definiu e saber se as metas foram atingidas. O que me parece é que os senhores do legislativo só trabalham para colocar seus nomes estampados na mídia e esperar a próxima eleição.

E vamos brincando de #forasarney.